Quem é o deus do sol no antigo Egito?

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O antigo Egito é uma das civilizações mais fascinantes da história da humanidade.

Com uma cultura rica, uma arquitetura impressionante e uma religião complexa, os egípcios antigos deixaram um legado que ainda hoje desperta a curiosidade e a admiração de muitas pessoas.

Um dos aspectos mais importantes da religião egípcia era a adoração ao sol, que era considerado a fonte da vida e da ordem no universo.

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Mas quem era o deus do sol no antigo Egito? Como ele era representado e cultuado?

Quais eram os seus atributos e funções? Neste artigo, vamos explorar essas questões e conhecer um pouco mais sobre a divindade solar mais famosa do mundo antigo.

O Egito Antigo

O Egito Antigo foi uma civilização que se desenvolveu às margens do rio Nilo, no nordeste da África, entre cerca de 3100 a.C. e 332 a.C.

Durante esse período, os egípcios antigos construíram uma sociedade complexa, baseada na agricultura, na escrita, na arte, na ciência, na política e na religião.

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O Egito Antigo foi dividido em três grandes períodos: o Antigo Império (2700-2200 a.C.), o Médio Império (2050-1800 a.C.) e o Novo Império (1550-1070 a.C.).

Cada um desses períodos foi marcado por dinastias de faraós, que eram os reis e governantes supremos do Egito.

Os faraós eram considerados descendentes dos deuses e tinham o poder absoluto sobre o povo e o território.

A Civilização do antigo Egito

A civilização egípcia se caracterizou por uma série de elementos que a tornaram única e influente na história. Alguns desses elementos foram:

  • A escrita hieroglífica, que era um sistema de símbolos que representavam sons, palavras e conceitos. A escrita hieroglífica era usada para registrar a história, a religião, a literatura, a ciência e a administração do Egito. Os egípcios antigos escreviam em papiros, que eram folhas feitas de uma planta aquática, ou em paredes de templos e túmulos.
  • A arquitetura monumental, que era uma forma de expressar o poder e a glória dos faraós e dos deuses. A arquitetura egípcia se destacou pela construção de pirâmides, que eram grandes estruturas de pedra que serviam como túmulos para os faraós e suas esposas, e de templos, que eram locais de culto e de oferendas aos deuses. As pirâmides e os templos eram decorados com pinturas, esculturas e inscrições que retratavam cenas da vida cotidiana, da mitologia e do além.
  • A religião politeísta, que era uma crença em vários deuses e deusas, cada um com uma personalidade, uma função e um símbolo. A religião egípcia era baseada na ideia de maat, que era o conceito de ordem, justiça e harmonia que regia o universo. Os egípcios antigos acreditavam que os deuses eram responsáveis por manter o maat e que os humanos deviam respeitá-los e adorá-los para garantir a sua proteção e a sua prosperidade. Os egípcios antigos também acreditavam na vida após a morte, que era uma continuação da vida terrena. Para isso, eles mumificavam os corpos dos mortos, que eram preservados com técnicas especiais, e os enterravam com objetos pessoais, alimentos e amuletos que os ajudariam na sua jornada para o outro mundo.

O Antigo Egito Faraó

O faraó era o título dado ao rei do Egito Antigo. O faraó era considerado o representante dos deuses na terra e o responsável por manter o maat. O faraó tinha o poder de fazer as leis, de cobrar impostos, de comandar o exército, de nomear os funcionários, de construir obras públicas e de liderar os rituais religiosos. O faraó era visto como um ser divino, que possuía uma força vital chamada ka, que o ligava aos deuses. O faraó era venerado pelo povo, que lhe devia obediência e lealdade. O faraó era identificado por vários nomes e símbolos, como o cetro, a coroa, o uraeus (cobra na testa) e o cartucho (oval com o seu nome hieroglífico).

Quem é o deus do sol no antigo Egito?

O deus do sol no antigo Egito era chamado de Rá, ou Ré. Rá era o deus mais importante e poderoso da religião egípcia, pois ele era o criador de tudo o que existia. Rá era representado como um homem com a cabeça de um falcão, que usava um disco solar na cabeça. Rá era o senhor do céu, da terra e do submundo, e o pai de muitos outros deuses. Rá era o símbolo da vida, da luz e do calor, e o seu olho era o sol, que iluminava e aquecia o mundo.

Rá era o protagonista de um dos mitos mais famosos do Egito Antigo, que contava a sua viagem pelo céu e pelo submundo. Segundo esse mito, Rá navegava pelo céu em uma barca, que era chamada de Mandjet durante o dia e de Mesektet durante a noite. Durante o dia, Rá trazia a luz e a ordem para o mundo, e era adorado pelos humanos e pelos deuses. Durante a noite, Rá entrava no submundo, que era chamado de Duat, e enfrentava as forças do caos e da escuridão, que eram lideradas por uma serpente gigante chamada Apófis. Rá contava com a ajuda de vários deuses e deusesas, como Ísis, Anúbis, Hórus, Tot e Maat, para derrotar Apófis e renascer a cada manhã, iniciando um novo ciclo de vida.

Rá era cultuado em vários templos e cidades do Egito Antigo, mas o seu principal centro de adoração era a cidade de Heliópolis, que significa “cidade do sol” em grego. Em Heliópolis, os sacerdotes de Rá realizavam cerimônias e oferendas para honrar o deus do sol e garantir a sua proteção e a sua bênção. Os faraós também se consideravam filhos de Rá e usavam o seu nome como parte do seu título real. Alguns faraós, como Akhenaton, tentaram impor o culto exclusivo a Rá, ou a uma de suas formas, como Aton, mas essa tentativa não teve sucesso e foi revertida pelos seus sucessores.

Rá era um deus complexo e multifacetado, que podia se manifestar de diferentes formas e se fundir com outros deuses. Algumas das formas mais conhecidas de Rá eram:

  • Khepri: era a forma de Rá ao nascer do sol, representado como um escaravelho, que simbolizava a renovação e a ressurreição.
  • Atum: era a forma de Rá ao pôr do sol, representado como um homem com uma coroa dupla, que simbolizava a completude e a totalidade.
  • Amon-Rá: era a forma de Rá combinada com Amon, o deus oculto e misterioso, representado como um homem com a cabeça de um carneiro, que simbolizava o poder e a soberania.
  • Rá-Horakhty: era a forma de Rá combinada com Hórus, o deus falcão e protetor dos faraós, representado como um homem com a cabeça de um falcão, que simbolizava o domínio e a autoridade.

Rá era, portanto, o deus do sol no antigo Egito, o criador e o senhor de tudo o que existia. Rá era adorado e reverenciado por todos, desde os simples camponeses até os poderosos faraós. Rá era o símbolo da vida, da luz e do calor, e o seu olho era o sol, que iluminava e aquecia o mundo. Rá era um deus complexo e multifacetado, que podia se manifestar de diferentes formas e se fundir com outros deuses. Rá era o protagonista de um dos mitos mais famosos do Egito Antigo, que contava a sua viagem pelo céu e pelo submundo, enfrentando as forças do caos e da escuridão.

A Adoração ao Deus do Sol no antigo Egito

A adoração ao deus do sol no antigo Egito era uma prática muito antiga e difundida, que remontava aos primeiros tempos da civilização. Os egípcios antigos construíram vários templos e monumentos dedicados a Rá, que eram locais de culto e de oferendas. Alguns dos templos mais famosos de Rá eram:

  • O Templo de Rá em Heliópolis: era o principal centro de adoração ao deus do sol, onde se encontrava o obelisco de pedra, que era considerado o símbolo de Rá na terra. O templo de Rá em Heliópolis era o local onde os faraós realizavam a cerimônia de coroação, que consistia em receber o poder e a proteção de Rá.
  • O Templo de Karnak em Tebas: era o maior e mais impressionante complexo religioso do Egito Antigo, que abrigava vários templos dedicados a diferentes deuses, entre eles Rá. O templo de Karnak era o local onde se celebrava o festival de Opet, que consistia em uma procissão que levava a estátua de Amon-Rá, a forma de Rá combinada com Amon, da cidade de Karnak até a cidade de Luxor, onde se realizavam rituais e festividades em honra ao deus do sol.
  • O Templo de Abu Simbel em Núbia: era um dos templos construídos pelo faraó Ramsés II, que era um grande devoto de Rá. O templo de Abu Simbel era um templo escavado na rocha, que tinha quatro estátuas gigantescas do faraó na fachada. O templo de Abu Simbel era alinhado de forma que, duas vezes por ano, nos equinócios, os raios do sol entravam no santuário e iluminavam as estátuas de Ramsés II e de Rá-Horakhty, a forma de Rá combinada com Hórus.

A adoração ao deus do sol no antigo Egito também envolvia uma série de rituais e práticas que eram realizados pelos sacerdotes e pelos fiéis. Alguns desses rituais e práticas eram:

  • A oferenda matinal no antigo Egito: era um ritual que consistia em oferecer alimentos, bebidas, incenso e flores ao deus do sol, logo ao amanhecer, quando ele renascia. O ritual era realizado pelos sacerdotes, que abriam as portas do santuário, vestiam e adornavam a estátua de Rá, e recitavam hinos e preces em seu louvor.
  • A oferenda vespertina: era um ritual que consistia em oferecer alimentos, bebidas, incenso e flores ao deus do sol, logo ao anoitecer, quando ele se preparava para entrar no submundo. O ritual era realizado pelos sacerdotes, que fechavam as portas do santuário, desvestiam e limpavam a estátua de Rá, e recitavam hinos e preces em sua despedida.
  • A saudação ao sol: era uma prática que consistia em saudar o deus do sol com gestos e palavras, a cada vez que ele aparecia no horizonte. A saudação ao sol era realizada pelos fiéis, que se colocavam de frente para o leste, levantavam as mãos, e diziam: “Salve, Rá, que nasces no horizonte, tu és o senhor dos céus e da terra, tu és o criador de tudo o que existe, tu és o pai dos deuses e dos homens, tu és o rei dos reis, tu és o deus dos deuses, tu és o sol dos sóis, tu és Rá”.

A Influência do Deus do Sol no antigo Egito

A influência do deus do sol no antigo Egito foi enorme e duradoura, pois ele era o centro da religião, da cultura e da política egípcia. Rá era o deus que dava sentido e ordem ao mundo, que garantia a vida e a prosperidade, que inspirava a arte e a ciência, que legitimava o poder e a autoridade. Rá era o deus que unia e identificava o povo egípcio, que lhe dava uma identidade e uma história. Rá era o deus que transcendia o tempo e o espaço, que se adaptava e se transformava, que se mesclava e se diversificava. Rá era o deus que permanecia e que se renovava, que morria e que renascia, que era um e que era muitos. Rá era o deus do sol no antigo Egito, e o antigo Egito era o reflexo do deus do sol.