Como era o Egito Antigo?

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O Egito Antigo é uma das civilizações mais antigas e fascinantes da história da humanidade.

Por mais de três mil anos, os egípcios antigos desenvolveram uma cultura rica e influente, que se destacou pela sua religião, pela sua escrita, pela sua arte, pela sua ciência, pela sua política e pela sua arquitetura.

O Egito Antigo foi palco de grandes conquistas e de grandes mistérios, que ainda hoje despertam a curiosidade e a admiração de muitas pessoas.

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Neste artigo, vamos conhecer um pouco mais sobre como era o Egito Antigo, desde a sua origem até o seu fim, passando pelos seus aspectos mais importantes e interessantes.

Antigo Egito História

A história do Egito Antigo se estende desde cerca de 3100 a.C. até 332 a.C., quando o Egito foi conquistado por Alexandre, o Grande, da Grécia.

Durante esse período, o Egito Antigo foi dividido em três grandes fases: o Antigo Império, o Médio Império e o Novo Império.

Cada uma dessas fases foi marcada por dinastias de faraós, que eram os reis e governantes supremos do Egito, e por acontecimentos históricos relevantes.

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Vejamos um resumo de cada fase:

  • Antigo Império (2700-2200 a.C.): foi a fase em que o Egito se unificou sob o domínio do faraó Menés, que fundou a primeira dinastia e a capital Mênfis. Foi também a fase em que se construíram as primeiras pirâmides, que serviam como túmulos para os faraós e suas esposas. As pirâmides mais famosas são as de Gizé, que pertencem aos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos. O Antigo Império terminou com uma crise política e social, que levou ao enfraquecimento do poder central e à fragmentação do Egito em vários reinos rivais.
  • Médio Império (2050-1800 a.C.): foi a fase em que o Egito se reuniu novamente sob o domínio do faraó Mentuotepe II, que fundou a 11ª dinastia e a capital Tebas. Foi também a fase em que o Egito expandiu o seu território e o seu comércio, entrando em contato com outras civilizações, como a dos núbios, dos asiáticos e dos cretenses. O Médio Império terminou com a invasão dos hicsos, que eram um povo de origem asiática, que dominou o norte do Egito por cerca de 150 anos, introduzindo novas tecnologias, como o cavalo, o carro de guerra e o arco composto.
  • Novo Império (1550-1070 a.C.): foi a fase em que o Egito se libertou do domínio dos hicsos, sob o comando do faraó Amósis, que fundou a 18ª dinastia e iniciou o período de maior esplendor e glória do Egito Antigo. Foi também a fase em que o Egito se tornou um império, conquistando e controlando vastas regiões, como a Núbia, a Palestina, a Síria e o Líbano. O Novo Império foi marcado por faraós famosos, como Hatshepsut, a primeira mulher a governar o Egito; Tutancâmon, o jovem faraó que teve o seu túmulo intacto descoberto em 1922; Akhenaton, o faraó que tentou impor o culto monoteísta ao deus Aton; e Ramsés II, o faraó que reinou por 66 anos e construiu vários monumentos, como os templos de Abu Simbel. O Novo Império terminou com a invasão dos povos do mar, que eram um conjunto de povos de origem desconhecida, que devastaram o Egito e outras civilizações do Mediterrâneo.

Faraós do Egito Antigo

Os faraós eram os reis e governantes supremos do Egito Antigo. Eles eram considerados descendentes dos deuses e tinham o poder absoluto sobre o povo e o território. Eles eram responsáveis por fazer as leis, cobrar os impostos, comandar o exército, nomear os funcionários, construir as obras públicas e liderar os rituais religiosos. Eles eram venerados e respeitados pelo povo, que lhes devia obediência e lealdade. Eles eram identificados por vários nomes e símbolos, como o cetro, a coroa, o uraeus (cobra na testa) e o cartucho (oval com o seu nome hieroglífico).

Os faraós do Egito Antigo foram mais de 300, que se sucederam em 30 dinastias, ao longo de mais de três mil anos. Alguns dos faraós mais famosos e importantes foram:

  • Menés: foi o primeiro faraó do Egito, que unificou o Alto e o Baixo Egito, por volta de 3100 a.C. Ele fundou a primeira dinastia e a capital Mênfis. Ele é considerado o fundador da civilização egípcia.
  • Djoser: foi o faraó da terceira dinastia, que reinou por volta de 2650 a.C. Ele construiu a primeira pirâmide do Egito, a pirâmide de degraus, em Saqqara. Ele foi assessorado pelo sábio e arquiteto Imhotep, que é considerado o pai da medicina.
  • Quéops: foi o faraó da quarta dinastia, que reinou por volta de 2550 a.C. Ele construiu a maior e mais famosa pirâmide do Egito, a pirâmide de Quéops, em Gizé. Ele é considerado um dos faraós mais poderosos e tirânicos da história.
  • Hatshepsut: foi a primeira mulher a governar o Egito, como faraó da 18ª dinastia, que reinou por volta de 1470 a.C. Ela foi uma grande administradora e construtora, que promoveu o comércio e a paz com outras nações. Ela construiu o seu templo mortuário em Deir el-Bahari, que é considerado uma obra-prima da arquitetura egípcia.
  • Akhenaton: foi o faraó da 18ª dinastia, que reinou por volta de 1350 a.C. Ele foi um faraó revolucionário e controverso, que tentou impor o culto monoteísta ao deus Aton, o disco solar. Ele mudou a capital do Egito para Aketaton, a cidade do horizonte de Aton, e promoveu uma mudança na arte e na cultura egípcia, que ficou mais naturalista e expressiva. Ele foi casado com a bela rainha Nefertiti, que o apoiou em sua reforma religiosa.
  • Tutancâmon: foi o faraó da 18ª dinastia, que reinou por volta de 1330 a.C. Ele foi um faraó jovem e frágil, que morreu com apenas 19 anos. Ele restaurou o culto politeísta aos deuses tradicionais, após a morte de seu pai, Akhenaton. Ele ficou famoso por ter o seu túmulo intacto descoberto em 1922, pelo arqueólogo inglês Howard Carter, no Vale dos Reis. O seu túmulo continha mais de 5000 objetos, entre eles o seu sarcófago de ouro e a sua máscara mortuária, que são considerados tesouros da arte egípcia.
  • Ramsés II: foi o faraó da 19ª dinastia, que reinou por volta de 1270 a.C. Ele foi um dos faraós mais longevos e gloriosos da história, que reinou por 66 anos. Ele foi um grande guerreiro e conquistador, que lutou contra os hititas, os núbios, os líbios e os povos do mar. Ele foi um grande construtor e patrono das artes, que ergueu vários monumentos, como os templos de Abu Simbel,
  • os colossos de Mêmnon e o Ramesseum. Ele foi casado com a rainha Nefertari, que era a sua favorita entre as suas mais de 100 esposas e concubinas.
  • Antigo Egito Cultura
  • A cultura do Egito Antigo se caracterizou por uma série de elementos que a tornaram única e admirável. Alguns desses elementos foram:
  • A escrita hieroglífica, que era um sistema de símbolos que representavam sons, palavras e conceitos. A escrita hieroglífica era usada para registrar a história, a religião, a literatura, a ciência e a administração do Egito. Os egípcios antigos escreviam em papiros, que eram folhas feitas de uma planta aquática, ou em paredes de templos e túmulos. A escrita hieroglífica foi decifrada em 1822, pelo francês Jean-François Champollion, que usou a Pedra de Roseta, que continha o mesmo texto em três línguas: hieróglifos, demótico (uma forma simplificada de hieróglifos) e grego.
  • A arte egípcia, que era uma forma de expressar a religião, a política e a sociedade do Egito. A arte egípcia se destacou pela pintura, pela escultura, pela arquitetura e pela joalheria. A arte egípcia seguia regras e convenções que visavam representar a realidade de forma idealizada e simbólica. A arte egípcia usava cores vivas e contrastantes, que eram obtidas de minerais, plantas e animais. A arte egípcia retratava cenas da vida cotidiana, da mitologia e do além, usando uma perspectiva que combinava vários pontos de vista, como o frontal, o lateral e o superior.
  • A ciência egípcia, que era uma forma de conhecer e dominar a natureza, a partir da observação, da experimentação e do cálculo. A ciência egípcia se destacou pela matemática, pela astronomia, pela medicina e pela engenharia. A ciência egípcia usava números, frações, operações e equações, que eram escritos com símbolos hieroglíficos. A ciência egípcia usava o calendário, o relógio de sol, a bússola e o astrolábio, que eram instrumentos para medir o tempo, a direção e a posição dos astros. A ciência egípcia usava plantas, animais, minerais e órgãos, que eram remédios para curar doenças e ferimentos. A ciência egípcia usava alavancas, cordas, rampas e roldanas, que eram ferramentas para construir e mover objetos pesados.
  • Antigo Egito Religião
  • A religião do Egito Antigo era uma crença em vários deuses e deusas, cada um com uma personalidade, uma função e um símbolo. A religião egípcia era baseada na ideia de maat, que era o conceito de ordem, justiça e harmonia que regia o universo. Os egípcios antigos acreditavam que os deuses eram responsáveis por manter o maat e que os humanos deviam respeitá-los e adorá-los para garantir a sua proteção e a sua prosperidade. Os egípcios antigos também acreditavam na vida após a morte, que era uma continuação da vida terrena. Para isso, eles mumificavam os corpos dos mortos, que eram preservados com técnicas especiais, e os enterravam com objetos pessoais, alimentos e amuletos que os ajudariam na sua jornada para o outro mundo.
  • Os deuses do Egito Antigo eram mais de 2000, que podiam se manifestar de diferentes formas e se fundir com outros deuses. Alguns dos deuses mais famosos e importantes foram:
  • Rá: era o deus do sol, o criador de tudo o que existia, o senhor do céu, da terra e do submundo, e o pai de muitos outros deuses. Rá era representado como um homem com a cabeça de um falcão, que usava um disco solar na cabeça. Rá era o símbolo da vida, da luz e do calor, e o seu olho era o sol, que iluminava e aquecia o mundo.
  • Ísis: era a deusa da magia, da maternidade e da fertilidade, a esposa de Osíris, o deus da morte e da ressurreição, e a mãe de Hórus, o deus falcão e protetor dos faraós. Ísis era representada como uma mulher com um trono na cabeça, ou com asas de falcão. Ísis era a protetora dos vivos e dos mortos, e a salvadora de Osíris, que ela ressuscitou com a sua magia, após ele ter sido assassinado e esquartejado pelo seu irmão Set, o deus do caos e da violência.
  • Anúbis: era o deus da mumificação, da necrópole e do julgamento dos mortos, o filho de Osíris e de Néftis, a deusa da noite e da lamentação, e o irmão de Hórus. Anúbis era representado como um homem com a cabeça de um chacal, ou como um chacal negro. Anúbis era o guardião dos cemitérios e dos túmulos, e o condutor dos mortos para o submundo, onde ele pesava o coração dos mortos na balança da justiça, contra a pena de maat, para determinar o seu destino eterno.
  • Tot: era o deus da escrita, da sabedoria e da ciência, o inventor dos hieróglifos, o escriba dos deuses e o mediador dos conflitos. Tot era representado como um homem com a cabeça de um íbis, ou como um babuíno. Tot era o patrono dos escribas e dos sábios, e o guardião dos livros sagrados, que continham os segredos do universo.